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Ninja.




Um ninja (忍者) ou Shinobi (忍び) era um agente secreto do Japão feudal especializado em artes de guerra não ortodoxas. Ninjas foram os criadores de uma arte marcial japonesa conhecida como ninjutsu. As funções do ninja incluíam espionagem, sabotagem, infiltração e assassinato assim
como combate aberto em determinadas situações. Os ninjas, utilizando métodos secretos de fazer a guerra, foram contrastados com os samurais, que havia regras estritas sobre a honra e combate. As roupas escuras, para não se fazer notar, fizeram os ninjas ficarem conhecidos como "guerreiros das
sombras".
Os ninjas antigos desenvolveram suas técnicas por necessidade, devido a grande opressão existente no lugar onde viviam, especialmente na China e no Japão. As atividades dos ninjas antigos datam do período Heian na China (794-1185) até a era Kamakura no Japão (1192-1333). Essa época foi o apogeu do ninjutsu antigo. Essa arte se baseava na mistura de truques mágicos e suas capacidades técnicas tendo como origem os monastérios do Tibet,
desenvolvendo-se por completo nos Templos Shaolin na China.
Mais tarde no Japão a arte se desenvolveu plenamente. Lá foram criadas técnicas incríveis que foram documentadas nos manuscritos chamados de Torimaki. Muitos desses registros não foram decifrados até hoje porque usavam códigos secretos para não caírem em mãos inimigas. Apenas as
famílias que conservaram até os dias atuais tem acesso aos torimaki e sabem sua tradução.
A natureza misteriosa do ninja capturou a imaginação popular no Japão, e depois o resto do mundo. Ninjas são figuras proeminentes no folclore e lendas, e como resultado muitas vezes é difícil separar fato histórico e mito. Algumas habilidades lendárias incluem invisibilidade, andar sobre a água, e
controle sobre os elementos naturais. O ninja também é prevalente em cultura popular, aparecendo em várias formas de mídias de entretenimento.



História.



Não se sabe onde termina a história e começa a lenda, pois, por ser uma técnica de espiões, o ninjutsu era secreto e transmitido apenas oralmente.

A origem do ninja é obscura e difícil de determinar, mas presume-se que ocorreu por volta do século XIV. No entanto, os antecedentes dos ninjas podem ter existido tão cedo quanto o Heian e no início da era Kamakura. Existem poucos registros escritos para detalhar as atividades do ninja. A palavra jounin não existia para descrever um ninja como agente até o século XV, e é improvável que os espiões e mercenários antes dessa época fossem vistos como um grupo especializado. Na agitação do período Sengoku (séculos XV - XVII), mercenários e espiões contratados surgiram das regiões de Iga e Koga no Japão, e é a partir desses clãs que muito do conhecimento posterior sobre o ninja é inferido. Após a unificação do Japão sob o xogunato Tokugawa, os ninjas caíram novamente no esquecimento. No entanto, nos séculos XVII e XVIII, manuais como o Bansenshukai (1676), muitas vezes centrados em torno da filosofia militar da China, apareceram em número significativo. Estes escritos revelaram uma variedade de filosofias, crenças religiosas, a sua aplicação na guerra, bem como as técnicas de espionagem que formam a base da arte ninja. As palavras Ninjutsu e Ninjitsu mais tarde viriam a descrever uma grande variedade de práticas relacionadas com os ninjas.

Acredita-se que tenha surgido no reinado do imperador Shotoku (718-770) e se difundido por todo o Japão durante o período conhecido como Sengoku (1467-1568). O país passava por diversas guerras civis e as técnicas ninja começaram a ser adotadas por famílias que habitavam as montanhas no centro da ilha de Honshu, a maior do Japão. Quando necessário, as famílias se uniam para combater inimigos comuns.

Os ninjas praticamente desapareceram durante o período Edo (1603 a 1868), quando acabaram as guerras internas. Nessa época, as famílias ninja foram repudiadas pela sociedade feudal vigente, submetidas a taxas de impostos exorbitantes e à perseguição. Apesar disso, o ninjutsu continuou a existir, mais secreto ainda. Os principais inimigos dos ninjas eram os samurais, que ajudavam a manter o poder dos senhores feudais.

No período seguinte da história do Japão, iniciado com o império de Meiji, em 1868, tanto os samurais quanto os ninjas foram proibidos de usar armas. O objetivo de Meiji era integrar o país à era moderna e ao resto do mundo. No início do século 20, porém, os ninjas voltaram a ser usados como espiões, durante a ocupação da Manchúria, na China, pelo Japão. Durante a II Guerra Mundial, o Japão ensinou técnicas ninjas a espiões num centro de treinamento secreto.


Estilo de luta dos ninjas.


Muitas das técnicas dos ninjas se baseiam na natureza, nos animais, no corpo humano e sobretudo na astúcia do modo de atacar dos animais. Por isso suas técnicas se desenvolveram nas montanhas, nos campos, lagos, rios, mares, etc... hoje em dia suas técnicas continuam sendo ensinadas da mesma maneira diferentemente das outras artes marciais. As práticas no campo aberto se realizam com o objetivo de tornar os ninjas mais rápidos, mais fortes e mais audazes.

Os ninjas consideram que a natureza é o melhor meio para o treinamento, melhor que um dojo. Os ninjas antigos conviviam com a natureza ao ponto de depender dela e por isso consideravam o ninjutsu uma forma de vida e não uma arte marcial. Muitos podem pensar que seus treinamentos não servem para a vida cotidiana hoje em dia e só servem para enfrentar uma guerra. Isso é totalmente contrário ao pensamento ninja que treinava e ainda treina para ajudar as pessoas e para ser melhor como pessoa tendo valores em uma sociedade perdida e caótica como a que vivemos atualmente.

Esses incríveis mestres na arte de camuflagem desenvolveram técnicas e armas para se infiltrarem em qualquer lugar. Suas técnicas de espionagem se baseiam no antigo livro chinês “A arte da Guerra” de Sun Tzu.

Sua resistência ao frio e a dor era prodigiosa. Sua coragem era superior ao do samurai. O ninja antigo, sem dúvida não considerava desonroso fugir, porque assim teria uma segunda oportunidade para atacar. O que importava era cumprir a sua missão. Se era capturado preferia se suicidar, não porque não dava valor a vida, mas porque sabia que seria submetido a torturas das mais cruéis para delatar suas famílias. Por isso não duvidavam em se suicidar, pela honra da sobrevivência de sua espécie.


O Ninjutsu remonta há mais de 900 anos, em um contexto histórico em que os Samurais, classe de guerreiros, dominavam o Japão. Nasceu no Japão feudal, quando monges Tibetanos se espalharam por vários países na Ásia, um deles a China, onde os monges, no fim da dinastia Ming início da dinastia Chin (Manchú, por conta da invasão Manchú) dedicaram-se ao terrorismo, espionagem e resistência.

Durante a dinastia Chin os templos foram destruídos e os monges se refugiaram em outros países, um deles o japão, onde a Arte Marcial que praticavam deu origem a várias outras artes, o Ninjutsu foi uma destas, monges residentes nas montanhas das regiões de Iga e Koga tiveram contatos com Ronins que lá constituíram família.

Da mistura do Kempo Chinês e das Artes Samurais, nasceu o que hoje conhece como Ninja, que seguiam um código de conduta diferente dos Samurais.

Com o passar dos anos os ninjas passaram a trabalhar como mercenários e posteriormente o governo japonês passou a usá-los como espiões e assim foi até a 2ª Guerra Mundial.

Suiton é o "uso da água". O guerreiro pode ficar várias horas submerso, respirando por finos tubos de bambu, ou distrair o inimigo com o ruído da água.

Doton, ou "uso do solo e das pedras". Formações rochosas ou buracos no solo são usados para se esconder.

Kinton é o "uso do metal", para ofuscar a visão do inimigo refletindo luzes brilhantes ou distraí-lo com ruídos.

Katon, ou "uso do fogo". A atenção do oponente é desviada por meio de truques pirotécnicos ou fumaça de pólvora.

O combate corpo a corpo é chamado pelos ninjas de jutaijutsu. Na hora de atacar, procuram sempre desarmar o inimigo. Durante a luta, o objetivo é acertar os pontos vitais ou arrebentar os ossos dos adversários.


Arsenal.


A espada.


Era a arma mais valorizada no combate. O fato de as tecnicas ninjas serem desconhecidas pelos samurais, tambem lhes dava vantagem.


Kusari-gama.


Originalmente desenvolvida por fazendeiros, tanto para arar a terra quanto para defesa pessoal. Foi usada num primeiro momento pelos samurais e, depois, adotada pelos ninjas.


Kusari-fundo.


Correntes usadas para deter a espada do oponente e tambem para estrangula-lo.


Shuko.


Munhequeira com garras afiadas para deter golpes de espada, mas tambem uteis em escaladas.


Kyoketsu-shogei.


Corrente com punhal e gancho nas extremidades, para desarmar ou atingir os adversarios a distancia.


Shuriken.


Estrelas de metal pontiagudas, lancadas a distancia, para matar atingindo os orgaos vitais.


Na Cultura Popular.


A imagem do ninja entrou na cultura popular no periodo Edo, quando contos e brincadeiras sobre ninjas foram concebidos. Historias sobre os ninjas sao geralmente baseados em figuras historicas. Por exemplo, muitos contos similares existem cerca de um daimyo desafiando um ninja para provar o seu valor, geralmente por roubar seu travesseiro ou arma enquanto ele dormia.Os romances que foram escritos sobre o ninja, como Jiraiya Gōketsu Monogatari, que tambem foi feita em um jogo kabuki. Figuras de ficcao, como Sarutobi Sasuke acabaria por abrir caminho em quadrinhos e televisao, onde eles tem vindo a desfrutar de um heroi cultural estado fora de suas midias originais.

O Ninja aparece em muitas formas de midia popular japonesas e ocidentais, incluindo livros (Kōga Ninpōchō), televisao (Jiraya, Ninja Warrior, Kakuranger e Hurricaneger), filmes (Ninja 3 – A Dominacao, Ninja Assassin), satira (Real Ultimate Power: The Official Ninja Book) Video games (Tenchu Shinobi), anime (Naruto), manga (Basilisk) e quadrinhos ocidentais (Teenage Mutant Ninjas Turtles e G.I. Joe: A Real American Hero). As descricoes variam de realista ao fantástico exagerado, tanto fundamentalmente e esteticamente, e muitas vezes retratam o ninja como ficticio, por vezes, personagens incrivelmente extravagantes para o humor e entretenimento.




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Top 5 da Semana

Chicote Estrela da Manhã.

Apareceu pela primeira vez no primeiro Castlevania em 26 de setembro de 1986, com o seu usuário o grande caçador de vampiros Simon Belmont. O chicote Estrela da Manhã é uma arma recorrente que apareceu em vários jogos da série Castlevania , sendo que em alguns jogos é a forma mais poderosa do Vampire Killer . Nos jogos antigos ele era um power up em formato de cristal ou chicote que elevava sua arma para o próximo nível. O chicote Estrela da Manhã consiste numa corrente de metal mais longo que outros chicotes da série, terminando com sua ponta com uma bola de ferro de metal cheia de espinhos. Quando esse chicote encostava em criaturas das trevas , essas criaturas explodiam, sendo essa a melhor arma contra as criaturas das trevas e inclusive contra o próprio Drácula. Imagem do Google

To'kustar.

  Os To’kustars são criaturas humanoides gigantes com uma cor padrão voltado para o branco e o vermelho e possuem uma enorme crista na cabeça e têm seu nascimento durante tempestades cósmicas. Apesar do seu enorme tamanho os To’kustars são seres gentis e protetores, vivendo sozinhos na borda da galáxia para proteger ela de ameaças vindas do além. Poderes e fraquezas. Os poderes do To’kustars são a sua força, podendo arremessar objetos para fora da atmosfera de planetas, super resistência a variações de temperaturas extremas devido as suas viagens pela galáxia, pode respirar e sobreviver no vácuo do espaço, tem capacidades de voo, uma durabilidade e velocidade elevadas e pode disparar raios cósmicos de sua mão direita ao cruzar os braços tendo força o suficiente para destruir pequenos planetas, podendo ter outros ataques com energia cósmica desconhecidos. Apesar desses grandes poderes os To’kustars apresentam fraquezas que podem ser exploradas por outras espécies alienígenas sendo elas

O que é o Corredor Infinito de Castlevania?

Tanto nas versões dos jogos como na animação o Corredor Infinito tem a mesma característica, faz parte de um plano alternativo. O Corredor Infinito apareceu no jogo Castlevania: Curse of Darkness, e ele só podia ser aberto com o sangue de um Belmont, e ele é cheio de plataformas flutuantes e o chefe dessa área é o Dullahan . Já na animação o Corredor Infinito ganhou um destaque maior, servindo como corredor para diversas realidades, através do espaço tempo. Podendo ir para o céu ou inferno ou até mesmo para outros mundos distantes como outros jogos da Konami, histórias em quadrinhos e até filmes. Segundo Saint Germain "O Corredor Infinito é uma rota para muitos outros mundos, e certamente é possível que um deles seja o Inferno. No entanto, na experiência daqueles de minha especialidade, é na verdade um sistema de portas para outras terras, separadas de nossos próprios por espaço e tempo. Portais para o Corredor são poucos e distantes entre si, e eles entram e saem da existência. &

Hidra.

Em grego Ύδρα (Hýdra). É um derivado de (hýdor), água. Funções: A Hidra de Lerna é um monstro horripilante, gerado pela deusa Hera, para "provar" o grande Hercules . A Hidra de Lerna era um animal fantástico da mitologia grega, filho dos monstros Tifão e Equidna, que habitava um pântano junto ao lago de Lerna, na Argólida, costa leste do Peloponeso. A Hidra tinha corpo de dragão e nove cabeças de serpente (algumas versões falam em sete cabeças e outras em números muito maiores) cujo hálito era venenoso e que podiam se regenerar. Criada sobre um plátano, junto da fonte Amimone, perto do Pântano de Lerna, na Argólida, cujo hálito pestilento a tudo destruía: homens, colheitas e rebanhos. A Hidra foi derrotada por Hercules , em um de seus doze trabalhos. Inicialmente Hércules tentou decepar as cabeças com uma foice, mas a cada cabeça que cortava surgia pelo menos mais uma no lugar. Decidiu então mudar de tática e, para que as cabeças não se regenerassem, pediu ao sobrinho Iol

Filogenética.

A Filogenia nasceu em 1966, com a publicação do livro “Phylogenetic Systematics”, por Hennig, como forma de implementar os conceitos de ancestralidade e descendência dentro de um contexto evolutivo, descritos por Darwin. O conceito filogenético de espécie é definido como um grupo irredutível de organismos, diagnosticavelmente diferente de outros grupos, e intimamente ligado a um modelo parental de ancestralidade e descendência. As árvores filogenéticas são diagramas que representam essas relações de ancestralidade e descendências, consistindo em linhas que se bifurcam de acordo com a existência no passado de um evento que transformou uma espécie em duas novas espécies. A junção desta bifurcação chama-se nó, onde representa esse momento de diversificação e o ancestral em comum das espécies que se localizam na ponta de cada uma das bifurcações. Nesse esquema de árvore filogenética, os pontos em vermelho significam os ancestrais em comum e as divisões destes em duas outras espécies. E