Pular para o conteúdo principal

José de Alencar.


José Martiniano de Alencar nasceu em 1º de maio de 1829, em Mecejana, Ceará. Foi fruto do romance entre um padre e sua prima. Contudo, o pai do autor, José Martiniano, abandona o sacerdócio e casa-se com a parenta Ana Josefina de Alencar e se torna senador. Por causa do cargo, Martiniano muda-se com a família para o Rio de Janeiro. Em São Paulo que se prepara para o curso de Direito, no qual ingressa em 1846. Podemos considerar Alencar como o precursor do romantismo no Brasil dentro das quatro características: indianista, psicológico, regional e histórico. Este autor brasileiro utilizou como tema o índio e o sertão do Brasil e, ao contrário de outros romancistas de sua época que escreviam com se vivessem em Portugal, Alencar valorizava a língua falada no Brasil. Ele criou romances que abordam o cotidiano. Deste estilo literário, também conhecido como romance de costumes, destacam-se os livros: Diva, Lucíola e A Viuvinha. Foram também de sua autoria os romances regionalistas: O Sertanejo, O Tronco do Ipê, O Gaúcho e Til. Dos romances históricos fazem parte: As Minas de Prata e A Guerra dos Mascates. No romance indianista de José de Alencar, o índio é visto em três etapas diferentes: antes de ter contato com o branco, em Ubirajara; um branco convivendo no meio indígena, em Iracema e o índio no cotidiano do homem branco, em O Guarani. É dentro do estilo indianista do escritor José de Alencar que está sua obra mais importante: Iracema.
Conclui a faculdade de Direito, em 1850. Durante o tempo de universitário, José de Alencar conviveu com o clima de boemia, mas se recusou a fazer parte dele, ao contrário de seus colegas de curso. Apesar de ser mais conhecido por suas obras literárias, o escritor brasileiro José de Alencar fez também algumas peças de teatro: Nas Asas de um Anjo, Mãe e O Demônio Familiar.
Alguns anos após sua formatura, o autor ingressou na carreira literária como folhetinista no jornal Correio Mercantil com “Ao correr da pena”. Contudo, foi com o citado folhetim “Ao correr da pena” que José de Alencar conseguiu notoriedade, abordando o cotidiano da velha São Paulo de 20 mil habitantes. As figuras femininas são bastante enfatizadas nos romances de José de Alencar, bem como a relação entre amor e dinheiro.

ROMANCES RETRATANDO A VIDA NA CORTE.

No Diário do Rio de Janeiro acontece sua estréia como romancista: em 1856 saem em folhetins, o romance Cinco Minutos. Ao final de alguns meses, completada a publicação, juntam-se os capítulos num só volume que é oferecido como brinde aos assinantes do jornal.
Com Cinco Minutos e, logo em seguida, A Viuvinha, Alencar inaugura uma série de obras em que busca retratar a forma de vida na Corte.
Lucíola, finalmente, resume toda a questão de uma sociedade que transforma amor, casamento e relações humanas em mercadoria: o assunto do romance, a prostituição, obviamente mostra a degradação que o dinheiro pode levar o ser humano a fazer.

UM DRAMATURGO POLÊMICO E DECEPCIONADO.

Alencar estréia como autor de teatro em 1857, com a peça Verso e Reverso, na qual focaliza o Rio de Janeiro de sua época. Alencar fica furioso, acusando a Censura de cortar sua obra pelo simples fato de ser ''... Produção de um autor brasileiro... '' Mas a reação mais concreta virá quatro anos mais tarde, por intermédio do romance em que o autor retoma a mesma temática: Lucíola.
Imensamente decepcionado com os acontecimentos, Alencar declara que vai abandonar a Literatura para dedicar-se exclusivamente ao Direito. É claro que isso não acontece, escreve ainda o drama Mãe; o mesmo é levado ao palco em 1860, ano em que morre seu pai. Para o teatro, produz ainda a opereta A Noite de São João e a peça O Jesuíta.
O debate em torno de As Asas de Um Anjo não é a primeira nem será a última polêmica enfrentada pelo autor. De todas as que mais interessam para a Literatura é anterior ao caso com a Censura e relaciona-se ao aproveitamento da cultura Indígena como tema literário. Segundo os estudiosos, é este o primeiro debate literário realmente brasileiro.

IRACEMA.

Abrasileirar a Literatura Brasileira é o intuito de José de Alencar. Iracema, um de seus romances mais populares (1865), é um exemplo profundo dessa ansiosa mudança
desejada pelo autor. A odisséia da musa Tupiniquim combina um perfeito encontro do colonizador português com os nativos da terra. Iracema é uma bela virgem tabajara e esta tribo é amiga dos franceses na luta contra os portugueses que tem como aliados os índios pitiguaras. Porém Martim, o guerreiro português, nas suas investidas dentro da mata descobre Iracema, e ambos são dominados pela paixão.

O ROMANCISTA E SUAS PAIXÕES AVASSALADORAS.

Aos vinte e cinco anos, Alencar apaixona-se pela jovem Chiquinha Nogueira da Gama, herdeira de uma das grandes riquezas da época. No entanto o interesse da moça é outro: um rapaz carioca também vindo da burguesia. Desprezado pela moça, custa muito ao altivo Alencar recuperar-se do orgulho ferido. Somente aos trinta e cinco anos ele irá sentir o sabor, de fato, da plenitude amorosa que tão bem soube criar para o final de muitos dos seus romances. Desta vez sua paixão é correspondida, o namoro e matrimônio são rápidos. A moça é Georgina Cochrane, filha de um rico inglês. Conheceram-se no bairro da Tijuca, para onde o escritor se retirara para se recuperar de uma das crises de tuberculose que teve na época.

INDIANISMO, URBANISMO, REGIONALISMO E ROMANCES HISTÓRICOS.

Alencar não se limita aos aspectos documentais como autor. Na verdade o que vale de fato em suas obras são, sobretudo, o poder criativo e a capacidade de construir narrativas muito bem estruturadas. Os personagens são heróis regionais puros, sensíveis, honestos, educados, muito parecidos com os heróis de seus romances indianistas. Mudavam as feições, mudava a roupagem, mudava o cenário. Porém, na invenção de todos esses personagens, Alencar busca o mesmo objetivo: chegar a um retrato do homem totalmente brasileiro.
Não cessa por aí a busca do escritor: servindo-se de fatos e lendas de nossa história, Alencar inventará ainda os chamados romances históricos.
No romance Guerra dos Mascates, personagens fictícios escondem alguns políticos da época e até o próprio imperador. As Minas de Prata é uma espécie de modelo de romance histórico tal como esse tipo de romance é imaginado pelos ficcionistas de então. A ação passa-se no século XVIII, uma época marcada pelo espírito aventureiro. É considerado seu melhor romance histórico.
Com as narrativas históricas, Alencar cria o mapa do Brasil que desejara desenhar, fazendo aquilo que sabe fazer: a verdadeira Literatura.
Nos trabalhos de Alencar há quatro tipos de romances: indianista, urbano, regionalista e histórico. Evidentemente, essa classificação é muito esquemática, pois cada um de seus romances apresenta muitos aspectos que merecem ser analisados separadamente: é fundamental, por exemplo, o perfil psicológico de personagens como o herói de O
Gaúcho, ou ainda do personagem central de O Sertanejo. Por isso, a classificação acima se prende ao aspecto mais importante de cada um dos romances.

MORRE NOSSO GRANDE ROMANCISTA.

O escritor já com a saúde um tanto abalada, morre no Rio de Janeiro, no dia 12 de dezembro de 1877 por causa das complicações de sua tuberculose. Alencar além de ser o nosso maior romancista e um dos maiores do mundo lusófono, foi também a base do que podemos chamar hoje: Literatura Brasileira.

Obras:

Romances urbanos: Cinco minutos (1860), A viuvinha (1860), Lucíola (1862), Diva (1864), A pata da gazela (1870), Sonhos d’ouro (1720), Senhora (1875) e Encarnação (1877). 

Romances históricos e indianistas: O Guarani (1870), Iracema (1875), As Minas de prata (1865), Alfarrábios (1873), A guerra dos mascates (1873) e Ubirajara (1874). 

Romances regionalistas: O gaúcho (1870), O tronco do Ipê (1871), Til (1872) e O sertanejo (1876).


http://www.brasilescola.com/literatura/jose-alencar.htm

http://www.vidaslusofonas.pt/jose_alencar.htm

Comentários

Top 5 da Semana

Chicote Estrela da Manhã.

Apareceu pela primeira vez no primeiro Castlevania em 26 de setembro de 1986, com o seu usuário o grande caçador de vampiros Simon Belmont. O chicote Estrela da Manhã é uma arma recorrente que apareceu em vários jogos da série Castlevania , sendo que em alguns jogos é a forma mais poderosa do Vampire Killer . Nos jogos antigos ele era um power up em formato de cristal ou chicote que elevava sua arma para o próximo nível. O chicote Estrela da Manhã consiste numa corrente de metal mais longo que outros chicotes da série, terminando com sua ponta com uma bola de ferro de metal cheia de espinhos. Quando esse chicote encostava em criaturas das trevas , essas criaturas explodiam, sendo essa a melhor arma contra as criaturas das trevas e inclusive contra o próprio Drácula. Imagem do Google

Trolls.

Os trolls são criaturas originarias da mitologia nórdica. Algumas características como viver entre a natureza e uma aparência horrenda são comuns a todos os trolls, mas em relação aos tipos e tamanhos pode variar bastante. Segundo algumas obras podem existir vários tipos de trolls, variando de local para local, como cavernas, montanhas, florestas, entre outros, e também podem variar no tamanho, podendo haver trolls do tamanho de gigantes, sendo até confundidos com os mesmos, trolls do tamanho humanoide, sendo às vezes confundidos com orcs, e trolls pequenos, que geralmente são confundidos com goblins, devido à aparência. Os trolls atacam viajantes e aventureiros. Os trolls costumando se encontrar em locais fixos, mas moram sozinhos em seus esconderijos. Os trolls costumam se juntar em bandos para realizar algumas ações mais eficazmente que sozinhos porém, geralmente brigam entre si por causa do bens de suas conquistas e os grupos acabam se dissolvendo. A principal vantagem do troll

Frases 2.

O que é o Corredor Infinito de Castlevania?

Tanto nas versões dos jogos como na animação o Corredor Infinito tem a mesma característica, faz parte de um plano alternativo. O Corredor Infinito apareceu no jogo Castlevania: Curse of Darkness, e ele só podia ser aberto com o sangue de um Belmont, e ele é cheio de plataformas flutuantes e o chefe dessa área é o Dullahan . Já na animação o Corredor Infinito ganhou um destaque maior, servindo como corredor para diversas realidades, através do espaço tempo. Podendo ir para o céu ou inferno ou até mesmo para outros mundos distantes como outros jogos da Konami, histórias em quadrinhos e até filmes. Segundo Saint Germain "O Corredor Infinito é uma rota para muitos outros mundos, e certamente é possível que um deles seja o Inferno. No entanto, na experiência daqueles de minha especialidade, é na verdade um sistema de portas para outras terras, separadas de nossos próprios por espaço e tempo. Portais para o Corredor são poucos e distantes entre si, e eles entram e saem da existência. &

To'kustar.

  Os To’kustars são criaturas humanoides gigantes com uma cor padrão voltado para o branco e o vermelho e possuem uma enorme crista na cabeça e têm seu nascimento durante tempestades cósmicas. Apesar do seu enorme tamanho os To’kustars são seres gentis e protetores, vivendo sozinhos na borda da galáxia para proteger ela de ameaças vindas do além. Poderes e fraquezas. Os poderes do To’kustars são a sua força, podendo arremessar objetos para fora da atmosfera de planetas, super resistência a variações de temperaturas extremas devido as suas viagens pela galáxia, pode respirar e sobreviver no vácuo do espaço, tem capacidades de voo, uma durabilidade e velocidade elevadas e pode disparar raios cósmicos de sua mão direita ao cruzar os braços tendo força o suficiente para destruir pequenos planetas, podendo ter outros ataques com energia cósmica desconhecidos. Apesar desses grandes poderes os To’kustars apresentam fraquezas que podem ser exploradas por outras espécies alienígenas sendo elas