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O quinze de Rachel de Queiroz.


A vida e obras de Rachel de Queiroz.

Rachel de Queiroz nasceu em Fortaleza - CE, no dia 17 de novembro de 1910, filha de Daniel de Queiroz e de Clotilde Franklin de Queiroz, moravam em Quixadá e seu pai era Juiz de Direito nessa época.
Seu pai dedicou-se pessoalmente a sua educação, ensinando-a a ler, cavalgar e a nadar. Aos cinco anos a escritora leu "Ubirajara", de José de Alencar, "obviamente sem entender nada", como gosta de frisar.
Fugindo dos horrores da seca de 1915, em julho de 1917 transfere-se com sua família para o Rio de Janeiro, fato esse que seria mais tarde aproveitado pela escritora como tema de seu livro de estreia, "O Quinze".
Em novembro, muda-se para Belém do Pará, onde residem por dois anos. Retornam ao Ceará, inicialmente para Guaramiranga e depois Quixadá, onde Rachel é matriculada no curso normal, como interna do Colégio Imaculada Conceição, formando-se professora em 1925, aos 15 anos de idade. Sua formação escolar para aí.

Rachel dedica-se inteiramente à leitura, orientada por sua mãe, sempre atualizada com lançamento nacional e estrangeira, em especial os franceses. Em 1926, nasce sua irmã caçula, Maria Luiza. ( Os outros irmãos eram Roberto, Flávio e Luciano, já falecidos).
Com o pseudônimo de "Rita de Queluz" ela envia ao jornal "O Ceará", em 1927, uma carta ironizando o concurso "Rainha dos Estudantes", promovido por aquela publicação. O diretor do jornal, Júlio Ibiapina, amigo de seu pai, diante do sucesso da carta a convida para colaborar com o veículo.
Submetida a rígido tratamento de saúde, em 1930, faz uma congestão pulmonar e suspeita de tuberculose, a autora se vê obrigada a fazer repouso e resolve escrever um livro sobre a seca "O Quinze".
Em março de 1931, recebe no Rio de Janeiro o prêmio de romance da Fundação Graça Aranha, mantida pelo escritor, em companhia de Murilo Mendes e Cícero Dias.

Casa-se com o poeta bissexto José Auto da Cruz Oliveira, em 1932. É fichada como "agitadora comunista" pela polícia política de Pernambuco. Seu segundo romance, "João Miguel", estava pronto para ser levado ao editor quando a autora é informada de que deveria submetê-lo a um comitê antes de publicá-lo. Semanas depois, em uma reunião no cais do porto do Rio de Janeiro, é informada de que seu livro não fora aprovado pelo PC, porque nele um operário mata outro.
Publica o livro pela editora Schmidt, do Rio, e muda-se para São Paulo, onde se aproxima do grupo trotskista. Nasce, em Fortaleza, no ano de 1933, sua filha Clotilde.
Muda-se para Maceió, em 1935, onde faz amizade com Jorge de Lima, Graciliano Ramos e José Lins do Rego. Aproxima-se, também, do jornalista Arnon de Mello. Sua filha morre aos 18 meses, vítima de septicemia.

Por intermédio de seu primo, o médico e escritor Pedro Nava, em 1940 conhece o também médico Oyama de Macedo, com quem passa a viver. O casamento duraria até à morte do marido, em 1982.
Deixa de colaborar, em 1944, com os jornais "Correio da Manhã", "O Jornal" e "Diário da Tarde", passando a ser cronista exclusiva da revista "O Cruzeiro", onde permanece até 1975. Estabelece residência na Ilha do Governador, em 1945.
Seu pai vem a falecer em 1948, ano em que publica "A Donzela e a Moura Torta". No ano de 1950, escreve em quarenta edições da revista "O Cruzeiro" o folhetim "O Galo de Ouro". Recebe da Academia Brasileira de Letras, em 1957, o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra. Passa a integrar o Conselho Federal de Cultura, em 1967, e lá ficaria até 1985. Estreia na literatura infanto-juvenil, em 1969, com "O Menino Mágico".
Em 1977, por 23 votos a 15, e um em branco, Rachel de Queiroz vence o jurista Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda e torna-se a primeira mulher a ser eleita para a Academia Brasileira de Letras. A eleição acontece no dia 04 de agosto e a posse, em 04 de novembro. Ocupa a cadeira número 5, fundada por Raimundo Correia, tendo como patrono Bernardo Guimarães e ocupada sucessivamente pelo médico Oswaldo Cruz, o poeta Aluísio de Castro e o jurista, crítico e jornalista Cândido Mota Filho.

Estreia da Rede Globo de Televisão a novela "As Três Marias", baseada no romance homônimo da escritora. Com direção de Perry Salles, estreia no cinema a adaptação de "Dôra, Doralina", em 1981. A José Olympio Editora lança, em 1989, sua "Obra Reunida", em cinco volumes, com todos os livros que Rachel publicara até então destinados ao público adulto.
Segundo notícia que circulou em 1991, a Editora Siciliano, de São Paulo, pagou US$150.000,00 pelos direitos de publicação da obra completa de Rachel. Em 1993, recebe dos governos do Brasil e de Portugal, o Prêmio Camões e da União Brasileira de Escritores, o Juca Pato. A Siciliano inicia o relançamento de sua obra completa. Pelo conjunto de sua obra, em 1996, recebe o Prêmio Moinho Santista.
Em novembro de 2000, quando a escritora completou 90 anos de idade, foi inaugurada, na Academia Brasileira de Letras, a exposição "Viva Rachel". São 17 painéis e um ensaio fotográfico de Eduardo Simões resumindo o que os organizadores da mostra chamam de “geografia interior de Rachel, suas lembranças e a paisagem que inspirou a sua obra”.
Rachel de Queiroz chega aos 90 anos afirmando que não gosta de escrever e o faz para se sustentar. Ela lembra que começou a escrever para jornais aos 19 anos e nunca mais parou, embora considere pequeno o número de livros que publicou.

Recebe, em 06-12-2000, o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Em 2003, é inaugurado em Quixadá (CE), o Centro Cultural Rachel de Queiroz. Faleceu, dormindo em sua rede, no dia 04-11-2003, na cidade do Rio de Janeiro. Deixou, aguardando publicação, o livro "Visões: Maurício Albano e Rachel de Queiroz", uma fusão de imagens do Ceará fotografadas por Maurício com textos de Rachel de Queiroz.

Obras.

Individuais. 


 Romances.

 O quinze (1930)
 João Miguel (1932)
 Caminho de pedras (1937)
 As três Marias (1939) 
  Dôra, Doralina (1975) 
  O galo de ouro (1985) 
  Obra reunida (1989) 
 Memorial de Maria Moura (1992)

Literatura Infanto-Juvenil.

 O menino mágico (1969) 
Cafute & Pena-de-Prata (1986)
  Andira (1992)

Teatro. 

 Lampião (1953) 
A beata Maria do Egito (1958) 
 Teatro (1995)

Crônica. 

A donzela e a moura torta (1948)
100 Crônicas escolhidas (1958) 
O brasileiro perplexo (1964) 
O caçador de tatu (1967) 
As menininhas e outras crônicas (1976) 
 O jogador de sinuca e mais historinhas (1980) 
 Mapinguari (1964) 
 As terras ásperas (1993)

Antologias. 

Três romances (1948) 
Quatro romances (1960)  
Seleta (1973)

Livros em parceria. 

Brandão entre o mar e o amor (romance - 1942) com José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Aníbal Machado e Jorge Amado.

 Luís e Maria (cartilha de alfabetização de adultos - 1971)  Com Marion Vilas Boas Sá Rego.

Meu livro de Brasil (Educação Moral e Cívica - 1º. Grau, Volumes 3, 4 e 5 - 1971) Com Nilda Bethlem.

O Não Me Deixes – Suas Histórias e Sua Cozinha (com sua irmã, Maria Luiza de Queiroz Salek), 2000.

Obras traduzidas pela escritora.

 Romances. 

AUSTEN, Jane. Mansfield Parlz (1942). 

BALZAC, Honoré de. A mulher de trinta anos (1948). 

BAUM, Vicki. Helena Wilfuer (1944). 

BELLAMANN, Henry. A intrusa (1945). 

BOTTONE, Phyllis. Tempestade d'alma (1943). 

BRONTË, Emily. O morro dos ventos uivantes (1947). 

WILLEMS, Raphaelle. A predileta (1950).

Biografias e memórias. 

BUCK, Pearl. A exilada: retrato de uma mãe americana (1943). 

CHAPLIN, Charles. Minha vida (caps. 1 a 7 (1965).

 DUMAS, Alexandre. Memórias de Alexandre Dumas, pai (1947). 

TERESA DE JESUS, Santa. Vida de Santa Teresa de Jesus (1946). 

STONE, Irwin. Mulher imortal (biografia de Jessie Benton Fremont (1947).

 TOLSTÓI, Leon. Memórias (1944).

Teatro. 

CRONIN, A. J. Os deuses riem (1952).

Livro O Quinze.
Resumo de “O quinze”.

A obra O Quinze aborda a seca de 1915, descreve alguns aspectos da vida do interior do Ceará durante um dos períodos mais dramáticos que o povo atravessou. O enredo é interessante, dramático, mostrando a realidade do Nordeste Brasileiro e se dá em dois planos.
No primeiro plano enfoca o vaqueiro Chico Bento e sua família, o outro a relação afetiva de Vicente, rude proprietário e criador de gado, e Conceição, sua prima culta e professora.
Conceição é apresentada como uma moça que gosta de ler vários livros, inclusive de tendências feministas e socialistas o que estranha a sua avó, Mãe Nácia - representante das velhas tradições. No período de férias, Conceição passava na fazenda da família, no Logradouro, perto do Quixadá. Apesar de ter 22 anos, não dizia pensar em casar, mas sempre se engraçava a seu primo Vicente. Ele era o proprietário que cuidava do gado, era rude e até mesmo selvagem.

Com o advento da seca, a família de Mãe Nácia decide ir para cidade e deixar Vicente cuidando
de tudo, resistindo. Trabalhava incessantemente para manter os animais vivos. Conceição trabalhava agora no campo de concentração onde ficavam alojados os retirantes, e descobre que seu primo estava de caso com uma caboclinha qualquer.

Vicente se encontra com Conceição e sem perceber confessa as temerosidades dela. Ela começa a trata-lo de modo indiferente. Vicente se ressente disso e não consegue entender a razão. A irmã de Vicente arma um namoro entre ele e uma amiga, a Mariinha Garcia. Ele, porém se espanta ao saber que estava namorando, dizendo que apenas era solícito para com ela e não tinha a menor intenção de comprometimento. Conceição percebe a diferença de vida entre ela e seu primo e a quase impossibilidade de comunicação. A seca termina e eles voltam para o Logradouro. Esta é a parte mais importante do livro. Apresenta a marcha trágica e penosa do vaqueiro Chico Bento com sua mulher e seus 5 filhos, representando os retirantes. Ele é forçado a abandonar a fazenda onde trabalhara. Junta algum dinheiro, compra mantimentos e uma burra para atravessar o sertão. Tinham o intuito de trabalhar no Norte, extraindo borracha. No percurso, em momento de grande fome, Josias, o filho mais novo, come mandioca crua, envenenando-se. Agonizou até a morte.
Uma cena marcante na vida do vaqueiro foi a de matar uma cabra e depois descobrir que tinha dono. Este o chamou de ladrão, e levou o resto da cabra para sua casa, dando-lhes apenas as tripas para saciarem. Léguas após, Chico Bento dá falta do seu filho mais velho Pedro. Chegando ao Aracape, lugar onde supunha que ele pudesse ser encontrado avista um compadre que era o delegado. Recebem alguns mantimentos, mas não é possível encontrar o filho. Ficam sabendo que o menino tinha fugido com comboeiros de cachaça. Ao chegarem ao campo de concentração, são reconhecidos por Conceição, sua comadre. Ela arranja um emprego para Chico Bento e passa a viver com um de seus filhos. Conseguem também uma passagem de trem e viajam para São Paulo, desistindo de trabalhar com a borracha.

Sobre a obra.

Tempo.
 


A autora situa a história do romance no Ceará de 1915. 

Espaço.

 O cenário do romance é o Ceará. Especificamente, a região de Quixadá, onde se situam as fazendas de Dona Inácia (avó de Conceição), do Capitão (pai de Vicente) e de Dona Maroca (patroa de Chico Bento). Há também, em menor escala, o cenário urbano, destacando a capital, Fortaleza, para onde migram os retirantes e onde mora Conceição. 

Foco narrativo. 

O Quinze é romance narrado na terceira pessoa.

 Personagens.

 Conceição - é forte de espírito, culta, humana e com ideias um tanto avançadas sobre a condição feminina. O único homem que lhe despertou desejos é o primo Vicente. Conceição tem uma admiração antiga e especial pelo rapaz, talvez porque ele é real, sem as falsidades comuns dos moços bem-educados. Ao descobrir que ele não é tão puro, a admiração esfria, criando uma barreira intransponível para a realização plena do seu amor. Tinha vocação para solteirona. Conceição sente-se realizada ao criar Duquinha, o afilhado que lhe doaram Chico Bento e Cordulina. É uma realização íntima, preenchendo o vazio da decepção amorosa.

 Vicente - Filho de fazendeiro rico, com condições de mandar os filhos para a escola, Vicente, desde menino, quis ser vaqueiro. No início, isso causava tristeza e desgosto à família, principalmente à mãe, Dona Idalina. Com o tempo, todos passaram a admirar o rapaz. Vicente é o vaqueiro não tradicional da região. Cuida do gado com um desvelo incomum, mas cuida do que é seu, ao contrário dos outros que cuidam de gado alheio. Tem boas condições financeiras, mas é humano em relação à família e aos empregados. Na intimidade, quando se põe a pensar na vida e na felicidade, associa tais coisas à Conceição. Tem uma admiração superior por ela. Gradualmente, à medida que vai notando a maneira fria com que ela passa a tratá-lo, Vicente começa a descrer no amor e na possibilidade de casar e ser feliz.

 Chico Bento - Chico Bento é o protótipo do vaqueiro pobre, cuidando do rebanho dos outros. Ele é o vaqueiro de Dona Maroca, da fazenda das Aroeiras, na região de Quixadá. Ele e Vicente são compadres e vizinhos. Como é peculiar da pobreza brasileira e nordestina, Chico Bento tem a mulher (Cordulina) e cinco filhos, todos ainda pequenos. Pedro, o mais velho, tem doze anos. Expulso pela seca e pela dona da fazenda, Chico Bento e família empreendem uma caminhada desastrosa em direção a Fortaleza. Perde dois filhos no caminho: um morre envenenado (Josias), o outro desaparece (Pedro). Antes de embarcar para São Paulo, é obrigado a dar o mais novo (Duquinha) para a madrinha, Conceição. É o exílio forçado, é a esperança de vida melhor e, quem sabe, de riqueza para quem só conheceu miséria no Ceará.

Cordulina - É a esposa de Chico Bento. Personifica a mulher submissa, analfabeta, sofredora, com o destino atrelado ao destino do marido. É o exemplo da miséria como consequência da falta de instrução. 

Josias - Filho de Chico Bento e Cordulina tem cerca de dez anos de idade. Comeu mandioca crua e morreu envenenado na estrada.

 Pedro - Filho de Chico Bento e Cordulina, é o mais velho, tem doze anos de idade. Desapareceu quando o grupo ia chegando a Acarape.

 Manuel (Duquinha) - É o filho caçula de Chico Bento e Cordulina; tem dois anos de idade. Foi doado à madrinha, Conceição.

Paulo - Irmão mais velho de Vicente. Estudou, fez-se doutor e casou-se na cidade com uma
moça branca. Depois de casado, passou a dedicar o seu tempo à família, quase não se interessando mais pelos pais e pelos irmãos. Só então os pais deram valor a Vicente. 


Mocinha - Irmã de Cordulina ficou como empregada doméstica em Castro, na casa de sinhá Eugênia. Arranjou um filho sem pai e tudo indica que vai viver da prostituição.

 Lourdinha - Irmã mais velha de Vicente. Casou-se com Clóvis Garcia em Quixadá. No final, têm uma filha, símbolo da felicidade que as pessoas simples e descomplicadas conseguem conquistar.

 Alice - Irmã mais nova de Vicente. Mora na fazenda com os pais e os irmãos. 

Dona Inácia - Avó de Conceição, espécie de mãe, pois foi quem a criou depois que a mãe verdadeira morreu. É dona da fazenda Logradouro, na região de Quixadá. Não aprova as ideias liberais da neta, principalmente no que diz respeito a ficar solteirona. 

Dona Idalina - Prima de Dona Inácia. Idalina é a mãe de Vicente, Paulo, Alice e Lourdinha. Vive com o marido, Major, na fazenda perto de Quixadá. 

Major - Fazendeiro rico na região de Quixadá. Entrega a administração da fazenda ao filho Vicente. Orgulha-se de ter um filho doutor.

Dona Maroca - Fazendeira, dona da fazenda Aroeiras na região de Quixadá. Na época da seca, mandou o vaqueiro, Chico Bento, soltar o gado e procurar, por conta própria, meios para sobreviver.


Mariinha Garcia - Moça bonita, de família rica, moradora de Quixadá. Com auxílio de Lourdinha e Alice, faz tudo para conquistar Vicente, mas as tentativas resultam inúteis.

 Luís Bezerra - Compadre de Chico Bento e Cordulina. Trabalhara também nas Aroeiras sob o comando de Dona Maroca. Agora, é delegado em Acarape, povoado do interior do Ceará. Foi ele quem conseguiu passagens de trem para que a família do compadre chegasse a Fortaleza. 

Doninha - Esposa de Luís Bezerra, madrinha do Josias, o filho de Chico Bento que morreu envenenado na estrada. 

Zefinha - Filha do vaqueiro Zé Bernardo. Conceição, acreditando numa conversa que tivera com Chiquinha Boa, acha que Vicente tem um caso com Zefinha. 

Chiquinha Boa - Trabalhava na fazenda de Vicente. Na época da seca, achando que o governo do Ceará estava ajudando os pobres que migravam para a capital, deixou a zona rural.

Retirado do site: http://www.releituras.com/racheldequeiroz_bio.asp

http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/o/o_quinze

http://resumos.netsaber.com.br/ver_resumo_c_2777.html


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