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Elfos.



Elfo é um ser místico da mitologia nórdica e céltica, que aparece com frequência na literatura medieval europeia. Nesta mitologia os elfos chamam-se Alfs ou Alfr, também chamados de "elfos da luz" - Ljosalfr. São descritos como seres belos e luminosos, ou ainda seres semi-divos, mágicos, semelhantes à imagem literária das fadas ou das ninfas. De fato, a palavra "Sol" na língua nórdica era Alfrothul, ou seja: "o Raio Élfico"; dizia-se que por isso seus raios seriam fatais a elfos escuros e anões.
São conhecidos, nas línguas germânicas, com os seguintes nomes:
  • Dinamarquês: Elver, elverfolk or alfer (hoje equivalente a fadas ou encantados em geral).
  • Holandês: elf, elfen, elven, alven.
  • Inglês: (antigo) ylf; (médio) albe; (moderno) elf, elves; (contemporâneo) elf, elfs (adjetivo: elfish ou elfin) quando se refere às pequenas entidades do folclore renascentista e romântico; elf, elven (adjetivo: elvish) para os elfos de dimensões humanas do paganismo germânico e de Tolkien.
  • Alemão: Elb (m) Elbe (f), Elben; Alb (m) "íncubos"; do inglês: Elf (m), Elfe (f), Elfen "fadas" ou "encantados".
  • Islandês: álfar, álfafólk e huldufólk (povo oculto).
  • Nórdico antigo: álfar.
  • Sueco: alfer, alver ou älvor (forma feminina - hoje traduzida como fadas).
  • Norueguês: alv, alven, alver, alvene / alvefolket (alvefolket hoje é traduzido como povo dos elfos).
A palavra parece derivar de uma raiz proto-indo-européia *albh, "branco", da qual também deriva o latim albus e as palavras portuguesas alvo e albino.
Os elfos são de uma natureza intermediária entre o homem e o anjo, apresentam espírito inteligente e curioso, corpo fluídico e são mais visíveis no crepúsculo.
Eram divindades menores da natureza e da fertilidade. Os elfos são geralmente mostrados como jovens de grande beleza vivendo entre as florestas, sob a terra, em fontes e outros lugares naturais. Foram retratados como seres sensíveis, de longa vida ou imortais, com poderes mágicos e grande ligação com a natureza.
As mais antigas descrições de elfos veem da mitologia nórdica. Eram chamados álfar, de singular álfr. Outros seres com nome etimologicamente relacionados a álfar sugerem que a crença em elfos não se restringe aos escandinavos, abrangendo todas as tribos germânicas.
Shakespeare as imaginava como seres pequeninos, porém a mitologia original os descrevem como sábios, poucos centímetros menores do que a média humana, eram belos e supostamente imortais.
Os elfos são também descritos como semideuses associados à fertilidade e ao culto dos ancestrais, como os daimones gregos. Como espíritos, os elfos podem atravessar portas e paredes como se fossem fantasmas, o que acontece nas Norna-Gests þáttr.
A organização élfica varia dependendo de cada povoação que estão dispersas pelo mundo inteiro e vão desde pequenos assentamentos até grandes cidades. A estrutura social de cada povoado dependerá de diversas opções, normalmente são governados por um conselho de sábios, feiticeiros e militares ou algum regente.
Os elfos são temidos por outras raças, pois são excelentes guerreiros e caçadores. Acreditam que qualquer forasteiro é um inimigo em potencial, que poderá roubá-los e enganá-los. Entretanto, os ataques dos elfos contra inimigos, raramente são sangrentos.
Há lendas de que muito tempo atrás, os Elfos se aliaram aos humanos. Eles auxiliaram os homens nas batalhas contra seus inimigos comuns, os Trolls e outros monstros. Quando os homens viviam em harmonia com a natureza e não destruía as florestas e nem poluíam os mares e o ar, todas as boas entidades elementais colaboravam com os humanos. Essa harmonia incluía também outros protetores da natureza.
Os dois reinos, Élfico e Humano, viviam em harmonia e troca de favores uns para com os outros. Eles viviam como amigos e até faziam acordos de guerra e paz com outras entidades que habitavam o planeta Terra.
Haviam romances e até casamentos entre Elfos e humanos.

Tipos de Elfos.

Os elfos (descrição de Giraldus Cambrensis, autor galês do século XII) são um pequeno povo de cabelos claros, belos rostos e porte digno, que vivem em uma região escura em que não há sol, nem lua, nem estrelas. Falam pouco e sua maneira de expressar-se é através de um sibilo claro. As mulheres fiam habilmente, tecem e bordam.
Os Elfos da Luz, que são seres etéreos. Já foram seres físicos, parecidos com os humanos, porém, com ossos maleáveis - o que os dava vantagem nas lutas que travavam, muitas vezes aliados aos humanos, porém, à medida em que os humanos começaram a destruir a natureza eles se afastaram gradativamente até tomarem uma forma mais sutil. Possuem o corpo transparente e, como tais, podem atravessar qualquer corpo sólido. Inclusive podem andar-se sobre o fogo, sem que esse chegue a afetá-los. Os elfos, portanto, podem viver no interior de qualquer lugar, mas preferem construir suas casas, muito ocultas e saindo somente a noite para evitar de serem vistos.

Os Elfos da escuridão, que são mais densos. Estes seres são entidades maléficas, que provocam pavores da morte quando atraem os humanos a participarem de suas danças noturnas para, em seguida levá-los à loucura ou a morte. São em maior número que os luminosos e habitam o interior dos troncos das árvores, em cujas imediações adoram viver. Mas como também são amantes da música, podem ser vistos nas correntes dos rios, no mar e nos saltos das cascatas, que possuem seu próprio ritmo. Dos sensuais lábios dos elfos, desprendem-se doces canções, que encantam os ouvidos de qualquer mortal. 

Na mitologia.

Literalmente, os elfos são gênios que, na mitologia escandinava, simbolizam o ar, a terra, o fogo e água.
Nos contos populares do início da Idade Moderna, os elfos são descritos como entidades pequenas, esquivas e travessas, que aborrecem os humanos ou interferem em seus assuntos. Às vezes, são consideradas invisíveis. Nessa tradição, os elfos se tornaram sinônimos das "fadas" originadas da antiga mitologia céltica, como os Ellyll (plural Ellyllon) galeses.
Mais tarde, a palavra elf, assim como o termo literário fairy, evoluiu para denotar, em geral, vários tipos de espíritos da natureza, como sprite, pwcca, hobgoblin, Robin Goodfellow, o brownie escocês e assim por diante. Esses termos não são mais claramente distinguíveis no folclore e passaram a ser equivalentes do igualmente genérico termo português "encantado".
Uma lenda diz que se alguém espalhar folhas de escambroeiro ou espinheiro-cerval (Rhamnus cathartica, em inglês blackthorn, de frutos purgativos) em um círculo e dançar dentro dele sob a lua cheia, aparecerá um elfo. O dançarino deve ver o elfo e dizer, Halt and grant my boon! ("Pare e me dê a bênção!") antes que ele fuja. O elfo atenderá então a um desejo.

Mitologia Nórdica.

Em nórdico antigo, eles são chamados álfar. Eram originalmente uma raça de deuses menores da natureza e da fertilidade. São muitas vezes retratados com aparência de homens e mulheres jovens, de grande beleza, vivendo em florestas e outros lugares naturais, subterrâneas ou em poços e nascentes.
Na mitologia nórdica, acredita-se que os Elfos de luz viviam no lugar no seu chamado cidade dos Elfos (Alfheim). Sobrando como única alternativa aos "elfos negros" habitarem abaixo na terra, em cavernas e as florestas escuras no subterrâneo. 


Mitologia Germânica.
Como na mitologia germânica Jacob Grimm discute "Wights e Elfos" agrupa os elfos como uma classe divina ou sobrenatural de seres. Ele afirma que existem três tipos; Aesir, o Alfar e os Vanir. 

Há também um estreito parentesco com os anões, não apenas por causa da aparência semelhante, mas existem muitos anões com nomes élficos. De acordo com vários escritos nórdicos antigos, anões são elfos também, mas eles são os "elfos negros", enquanto os "elfos da luz" são os elfos verdadeiros.

Folclore Cristão.
No folclore cristão, o elfos começou a ser descrito como brincalhões, travessos e que poderiam causar doenças ao gado e pessoas, e trazer sonhos ruins para pessoas travessas. A palavra alemã para pesadelo, alptraum significa "sonho élfico". A forma arcaica alpdruck significa "pressão élfica"; acreditava-se que os pesadelos são o resultado de um elfo sentado no tórax do sonhador (íncubos). Este aspecto da crença alemã élfica corresponde em grande parte à crença escandinava.

Folclore Escandinavo.

No folclore escandinavo, que é uma mistura de mitologia nórdica e elementos da mitologia cristã, um elfo é chamado elver em dinamarquês, alv em norueguês, e alv ou Alva em sueco (o primeiro é masculino, o feminino segundo). As expressões norueguesas raramente aparecem no folclore genuíno, e quando o fazem, eles são sempre usados ​​sinônimo de huldrefolk ou vetter, uma categoria de seres geralmente aparecem mais relacionados com anões nórdicos do que os elfos que é comparável ao islandês huldufólk (pessoas escondidas). 
Enquanto a tradição escandinava preserva algumas provas do álfar como hábeis seres sobrenaturais com conotações positivas, bem como os "deuses", os elfos de origem anglo-saxônica e tradição continental são quase exclusivamente apresentados como seres travessos ou malévolos responsáveis ​​por desgraças ou doenças. Ao longo da tradição germânica, nomes que contêm elfo como um elemento são frequentemente apresentados, com uma imagem maléfica, na tradição germânica foi um desenvolvimento secundário, reforçado pelo cristianismo. Alfred é o único nome com este elemento que permanece em uso relativamente disseminada. 

Folclore Moderno.
No Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Irlanda o folclore moderno de Papai Noel inclui tipicamente elfos vestidos de verde, com orelhas pontudas, narizes longos e chapéus pontudos como ajudantes do Papai Noel ou trabalhadores contratados. Eles fazem os brinquedos em uma oficina localizada no Pólo Norte. Nesta representação, os elfos se assemelham ligeiramente versões ágeis e delicadas dos elfos em ingleses no período vitoriano da qual derivam. O papel dos elfos como ajudantes do Papai Noel se popularizou. 

Elfos na Cultura Popular.

Na cultura popular os elfos se difundiram sobremaneira após o lançamento dos jogos de RPG explorando versões élficas de Tolkien.

Na Literatura.

Na literatura brasileira, há referências especialmente em novos autores de literatura fantástica. Aparecem em romances como A Chave da Harmonia: Rachaduras na Ordem, de Marcello Salvaggio, e Pelo Sangue e Pela Fé, de Cláudio Villa.
Já nas obras do ciclo de Melniboné, de Michael Moorcock, os habitantes deste reino são em diversos aspectos uma subversão dos elfos tolkienianos.

Legolas
Tolkien.

O escritor britânico J. R. R. Tolkien (1892-1973) foi um dos primeiros a introduzir elfos na literatura, mais especificamente na literatura fantástica voltada ao público jovem. Em sua obra mais conhecida, O Senhor dos Anéis, Tolkien descreve elfos como sendo seres belos, sábios, poderosos, fascinantes, e com uma relação muito especial e profunda com a natureza, sendo a raça muito explorada nos três livros da série, sendo um dos personagens secundários mais importantes, Legolas.

Elfos no Ciclo da Herança.

Na obra do escritor americano Christopher Paolini, autor de o Ciclo da Herança, fortemente influenciado por Tolkien, os elfos também são muito referidos, sendo descritos e explorados de uma maneira bem parecida com a do autor britânico. Na história de Paolini, quando os elfos chegaram ao Reino de Alagaësia, vindos do mar, já os dragões lá estavam. Julgando-os criaturas como as outras, próprias para caçar, um jovem elfo matou uma cria como se fosse um animal qualquer. Ultrajados com este comportamento da parte dos Elfos, deu-se início a uma guerra entre as duas raças. Os elfos eram orgulhosos, mágicos potentes, graciosos, belos e excelentes guerreiros, e os dragões, ferozes, grandes, perigosos e tão orgulhosos quanto estes, apesar de raramente fazerem magia. Um elfo chamado Eragon encontrou um ovo de dragão que para ele eclodiu, criando um vínculo e afeição especial pelo dragão, ele mostrou que as duas raças poderiam viver em paz, com o passar do tempo, os elfos fizeram seu maior feito de orgulho, escreveram o encantamento que unia as duas raças para sempre, os dragões forneceram a energia necessária para o encantamento. Foi estabelecido um pacto: ambas as raças, unidas, se comprometeriam de ajudar a preservar a paz e a harmonia por toda a Alagaësia, sendo criado, dessa forma, os Cavaleiros de Dragão (séculos mais tarde, os humanos também foram incluídos nesse pacto).






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Top 5 da Semana

Chicote Estrela da Manhã.

Apareceu pela primeira vez no primeiro Castlevania em 26 de setembro de 1986, com o seu usuário o grande caçador de vampiros Simon Belmont. O chicote Estrela da Manhã é uma arma recorrente que apareceu em vários jogos da série Castlevania , sendo que em alguns jogos é a forma mais poderosa do Vampire Killer . Nos jogos antigos ele era um power up em formato de cristal ou chicote que elevava sua arma para o próximo nível. O chicote Estrela da Manhã consiste numa corrente de metal mais longo que outros chicotes da série, terminando com sua ponta com uma bola de ferro de metal cheia de espinhos. Quando esse chicote encostava em criaturas das trevas , essas criaturas explodiam, sendo essa a melhor arma contra as criaturas das trevas e inclusive contra o próprio Drácula. Imagem do Google

Frases 2.

O que é o Corredor Infinito de Castlevania?

Tanto nas versões dos jogos como na animação o Corredor Infinito tem a mesma característica, faz parte de um plano alternativo. O Corredor Infinito apareceu no jogo Castlevania: Curse of Darkness, e ele só podia ser aberto com o sangue de um Belmont, e ele é cheio de plataformas flutuantes e o chefe dessa área é o Dullahan . Já na animação o Corredor Infinito ganhou um destaque maior, servindo como corredor para diversas realidades, através do espaço tempo. Podendo ir para o céu ou inferno ou até mesmo para outros mundos distantes como outros jogos da Konami, histórias em quadrinhos e até filmes. Segundo Saint Germain "O Corredor Infinito é uma rota para muitos outros mundos, e certamente é possível que um deles seja o Inferno. No entanto, na experiência daqueles de minha especialidade, é na verdade um sistema de portas para outras terras, separadas de nossos próprios por espaço e tempo. Portais para o Corredor são poucos e distantes entre si, e eles entram e saem da existência. &

Trolls.

Os trolls são criaturas originarias da mitologia nórdica. Algumas características como viver entre a natureza e uma aparência horrenda são comuns a todos os trolls, mas em relação aos tipos e tamanhos pode variar bastante. Segundo algumas obras podem existir vários tipos de trolls, variando de local para local, como cavernas, montanhas, florestas, entre outros, e também podem variar no tamanho, podendo haver trolls do tamanho de gigantes, sendo até confundidos com os mesmos, trolls do tamanho humanoide, sendo às vezes confundidos com orcs, e trolls pequenos, que geralmente são confundidos com goblins, devido à aparência. Os trolls atacam viajantes e aventureiros. Os trolls costumando se encontrar em locais fixos, mas moram sozinhos em seus esconderijos. Os trolls costumam se juntar em bandos para realizar algumas ações mais eficazmente que sozinhos porém, geralmente brigam entre si por causa do bens de suas conquistas e os grupos acabam se dissolvendo. A principal vantagem do troll