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Ácido sulfúrico.


Origem.

Acredita-se a descoberta do ácido sulfúrico ao alquimista medieval de origem árabe Jabir ibn Hayyan (Geber), embora se mencione também o alquimista e médico persa do século IX ibn Zakariya Al-Razi. Al-Razi obteve a substância pela destilação seca de minerais, entre os quais o sulfato de ferro, também e o sulfato de cobre, vitríolo azul ou vitríolo romano, ou ainda misturas destes sais e misturas deles com água.
Pelo aquecimento, estes compostos decompõem-se respectivamente a óxido de ferro e de óxido de cobre, liberando água e gás trióxido de enxofre, que reagem de maneira a produzir uma solução diluída de ácido sulfúrico. Tal método de produção do ácido sulfúrico tornou-se popular entre os alquimistas da Europa, destacando-se o alemão do século XIII Albertus Magnus, recebendo desta maneira os nomes de óleo de vitríolo, espírito de vitríolo, ou simplesmente vitríolo, entre outros.
O químico teuto-holandês Johann Glauber preparou o ácido sulfúrico pela combustão de enxofre com salitre com vapor d’água, no século XVII. A oxidação do enxofre a SO 3 se dá com a decomposição do salitre. Combinando-se este gás com a água, há a formação de ácido sulfúrico.
John Roebuck, em Birmingham, em 1746, passou a produzir o ácido sulfúrico pelo mesmo método de Ward em câmaras revestidas internamente de chumbo, com a vantagem de apesentarem resistência mecânica superior ao vidro, baixo custo e poderem ser construídas em tamanhos superiores às instalações de vidro. Este processo, chamado de “processo das câmaras de chumbo”, deu início ao processo de efetiva industrialização da produção do ácido sulfúrico, e passou a ser o processo predominante da produção pelos dois séculos seguintes.
A concentração obtida para o ácido sulfúrico pelo método de John Roebuck limitava-se a apenas 35-40%. Aperfeiçoamentos posteriores do processo pelos químicos Joseph-Louis, francês, e John Glover, britânico, permitiram o aumento da concentração final obtendo assim 78%.
Peregrine Phillips, comerciante de vinagre britânico, em 1831, patenteou o processo hoje conhecido como "processo de contato", capaz de produzir tanto trióxido de enxofre quanto ácido sulfúrico de elevada concentração, com características de viabilidade econômica que hoje o levam a ser o processo basicamente único de produção de ácido sulfúrico. Em 1889 foi demonstrado que o processo era favorecido por um excesso de oxigênio na mistura gasosa.
A aplicação de tal processo ganhou espaço graças à indústria de corantes e sua demanda por ácidos fumegantes.

Propriedades.

Ácido sulfúrico – H2SO4: Líquido incolor, viscoso e oxidante. Densidade de 1,84g/cm3. Ao diluir o ácido sulfúrico, não se deve adicionar água, porque o calor liberado vaporiza a água rapidamente, à medida que ela vai sendo adicionada. Ácido forte, reage com metais não nobres liberando H2. Reage com sais, deslocando ácidos voláteis.
É uma das substâncias mais utilizadas nas indústrias. Esse ácido é importantíssimo em todos os setores da Química, e por isso, é fabricado em grandes quantidades. Para mostrar a importância desse ácido, costuma-se dizer que o consumo de ácido sulfúrico serve como índice de desenvolvimento industrial do país.
Os alquimistas já utilizavam o ácido sulfúrico, e denominavam óleo de vitríolo.
Ele é oxidante e desidratante e, devido a isto, tem ação corrosiva sobre tecidos orgânicos vivos, produzindo queimaduras na pele, com a formação de manchas pretas ocasionadas pela carbonização.
Equipamentos de Segurança para uso desse ácido são: óculos de segurança ou protetor facial, avental ou Jaleco e luvas impermeáveis.

Efeito a saúde.

Inalação.

Causa irritação. Sintomas incluem irritação do nariz e garganta e fadigo respiratória, pode causar edema pulmonar.

Ingestão.

Pode causar severas queimaduras na boca, garganta e estômago, levando à morte, dor de garganta, vomito diarreia, colapso circulatório, pulsação fraca e rápida, baixa respiração e pouca urina.

Contato com a pele.

Os sintomas mais frequentes são vermelhidão, dor e severas queimaduras.

Produção.

Sua produção se dá por meio de um processo denominado catalítico ou de contato, onde o primeiro passo é a queima do enxofre, onde há a liberação de dióxido de enxofre (SO2). Posteriormente, este gás é oxidado, formando o trióxido de enxofre (SO3), que, por fim, sofre uma reação com a água, formando então uma solução aquosa de ácido sulfúrico.

Preparação.

Obtenção do SO2 S + O2 → SO2 4 FeS2 + 11 O2 → 2 Fe2O3 + 8 SO2
Oxidação de SO2 a SO3: 2 SO2 + O2 → 2 SO3

Este processo necessita de um catalisador, o V2O5 ou Pt.
Existem 2 processos usados para oxidar o SO2.

- Processo das câmaras de chumbo: usa-se o NO2 como catalisador e o ácido produzido é de aproximadamente 60 a 78%.

- Processo de contato: neste processo, a oxidação é catalisada pelo V2O5 ou Pt. É o processo mais importante e moderno, produz ácido sulfúrico de alta concentração, sendo aquele que apresenta maior rendimento.

H2SO4 + SO3 → H2S2O7 (ácido sulfúrico fumegante) H2S2O7 + H2O → 2 H2SO4

Como fazer em casa.

Material.

Matrás. 

Lamparina de álcool.

 Tripé e grelha. 

Caço de fundir.

 Óculos de proteção. 

Luvas de látex. 

Cortiça perfurada. 

Tubo de vidro.

Compostos. 

Enxofre. 

Água destilada

Procedimento.

1. Atenção! Durante a execução desta experiência deve proteger as mãos com luvas e os olhos com óculos. Realiza a experiência acompanhada e num local arejado. 

2. Aquece o enxofre na lamparina e inclina o caço, para que a chama toque o enxofre. (durante o aquecimento o enxofre vai passar do estado sólido para o líquido, seguindo-se depois a passagem para o estado gasoso. Deve ser cauteloso para não inalar enxofre, pois este pode ser prejudicial à saúde)

3. Durante o aquecimento do enxofre deves manter um matrás invertido sobre o caço de fundir.

 4. Depois de o matrás estar "cheio" de enxofre no estado gasoso, tapa-o com uma rolha de cortiça perfurada, tapando o orifício desta com um dedo. (o matrás deverá estar mais ou menos cheio de um gás amarelo esverdeado. A cortiça perfurada deve estar unida a um tubo de vidro “para consultar os cuidados a ter para o processo de união do tubo à cortiça deverá ver a experiência da produção da solução de amónia”) 

5. Pelo orifício da cortiça coloque água destilada, até ser completado um terço do volume total do matrás. (deve ser cauteloso para não deixar escapar o enxofre) 

6. Quando o volume desejado for atingido, tapa o orifício da cortiça com um dedo e agita energicamente o matrás. (tenta dissolver o enxofre sólido depositado nas paredes do matrás) 

7. A solução obtida é uma solução de ácido sulfúrico.

Aplicações.

*Na indústria de petróleo, para remover impurezas da gasolina e óleos. 

 * Na fabricação de explosivos.  

* Como eletrólito na bateria de chumbo

* Fabricação de outros ácidos. 

* Na indústria de fertilizantes.
 
* Na síntese de corantes.

Retirado dos sites:

http://www.infoescola.com/quimica/acido-sulfurico/

http://cesarmauriciosantos.blogspot.com.br/2008/11/cido-sulfrico.html

http://www.coladaweb.com/quimica/quimica-inorganica/acido-sulfurico

http://www.brasilescola.com/quimica/uso-Acido-sulfurico-pela-industria.htm

http://knowledgeispowerquiumento.wordpress.com/article/acido-sulfurico-historia-2tlel7k7dcy4s-47/

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Frases 2.

O que é o Corredor Infinito de Castlevania?

Tanto nas versões dos jogos como na animação o Corredor Infinito tem a mesma característica, faz parte de um plano alternativo. O Corredor Infinito apareceu no jogo Castlevania: Curse of Darkness, e ele só podia ser aberto com o sangue de um Belmont, e ele é cheio de plataformas flutuantes e o chefe dessa área é o Dullahan . Já na animação o Corredor Infinito ganhou um destaque maior, servindo como corredor para diversas realidades, através do espaço tempo. Podendo ir para o céu ou inferno ou até mesmo para outros mundos distantes como outros jogos da Konami, histórias em quadrinhos e até filmes. Segundo Saint Germain "O Corredor Infinito é uma rota para muitos outros mundos, e certamente é possível que um deles seja o Inferno. No entanto, na experiência daqueles de minha especialidade, é na verdade um sistema de portas para outras terras, separadas de nossos próprios por espaço e tempo. Portais para o Corredor são poucos e distantes entre si, e eles entram e saem da existência. &

Trolls.

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Elfos.

Elfo é um ser místico da mitologia nórdica e céltica , que aparece com frequência na literatura medieval europeia . Nesta mitologia os elfos chamam-se Alfs ou Alfr , também chamados de "elfos da luz" - Ljosalfr . São descritos como seres belos e luminosos, ou ainda seres semi-divos, mágicos, semelhantes à imagem literária das fadas ou das ninfas . De fato, a palavra "Sol" na língua nórdica era Alfrothul , ou seja: "o Raio Élfico"; dizia-se que por isso seus raios seriam fatais a elfos escuros e anões. São conhecidos, nas línguas germânicas, com os seguintes nomes: Dinamarquês: Elver , elverfolk or alfer (hoje equivalente a fadas ou encantados em geral). Holandês: elf , elfen , elven , alven . Inglês: (antigo) ylf ; (médio) albe ; (moderno) elf , elves ; (contemporâneo) elf , elfs (adjetivo: elfish ou elfin ) quando se refere às pequenas entidades do folclore renascentista e romântico; elf ,