Na mitologia grega, Aquiles ( Akhilleus) foi um herói da Grécia, um dos participantes da Guerra de Troia e o personagem principal e maior guerreiro da Ilíada, de Homero.
Aquiles é um dos mais famosos heróis gregos. Filho de Tétis (deusa grega do mar) e Peleu (rei dos mirmidões), teve seu principal momento no cerco à cidade de Tróia.
Participou junto com outros heróis e príncipes da Grécia de várias batalhas. Tornou-se famoso por sua bravura e força.
Aquiles tem ainda a característica de ser o mais belo dos heróis reunidos contra Troia,assim como o melhor entre eles.
Lendas posteriores afirmavam que Aquiles era invulnerável em todo o seu corpo por se banhar no Rio Estige, exceto em seu calcanhar; ainda segundo estas versões de seu mito, sua morte teria sido causada por uma flecha envenenada que o teria atingido exatamente nesta parte de seu corpo. A expressão "calcanhar de Aquiles", que indica a principal fraqueza de alguém, teria aí a sua origem.
Nome.
O nome de Aquiles pode ser interpretado como uma combinação de (akhos), "luto" e (laos), "povo", "tribo", "nação", etc. Em outras palavras, Aquiles seria uma personificação do luto das pessoas, luto sendo um dos temas que é levantado por muitas vezes na Ilíada. início do século VII a.C.. Foi transformado para a forma feminina (Achilleía), atestada pela primeira vez na Ática, no século IV a.C., e Achillia, encontrada num relevo de Halicarnasso como nome de uma gladiadora lutando contra amazonas. Os jogos gladiatórios romanos frequentemente reverenciavam a mitologia clássica, e esta parece ser uma referência à luta de Aquiles contra a rainha amazona Pentesileia, com um toque curioso de mostrar o herói na forma de uma mulher.
Nascimento.
Aquiles era o filho da Tétis e de Peleu, rei dos Mirmidões. Tétis era uma das várias filhas de Nereu e Doris e Peleu era filho de Éaco e Endeis. Zeus e Posídon haviam sido rivais pela mão de Tétis até que Prometeu, o responsável por trazer o fogo aos humanos, alertou Zeus a respeito de uma profecia que dizia que Tétis daria luz a um filho ainda maior que seu pai. Por este motivo, os dois deuses desistiram de cortejá-la, e fizeram-na se casar com Peleu.
Calcanhar de Aquiles.
De acordo com um fragmento de um Achilleis — a Aquilíada, escrita por Estácio no século I - quando Aquiles nasceu Tétis teria tentado fazê-lo imortal, mergulhando-o no rio Estige; deixou-o, no entanto, vulnerável na parte do corpo pelo qual ela o segurava, seu calcanhar. Não está claro, no entanto, se esta versão do mito era conhecida anteriormente. Em outra versão, Tétis ungiu o filho com ambrósia e o colocou sobre o fogo, para que suas partes mortais fossem queimadas; foi interrompida por Peleu, no entanto, e acabou abandonando pai e filho, furiosa.
Nenhuma das fontes anteriores a Estácio, no entanto, faz qualquer referência a esta invulnerabilidade física do personagem; ao contrário, na própria Ilíada Homero descreve Aquiles sendo ferido: no livro 21 Asteropeu, o herói peônio, filho de Pélago, desafia Aquiles nas margens do rio Escamandro; arremessa duas lanças ao mesmo tempo, uma das quais atinge o cotovelo de Aquiles, "tirando um jorro de sangue".
O culto a Aquiles na Antiguidade.
Havia um culto heróico arcaico a Aquiles na Ilha Branca (Leuca), no mar Negro, na atual costa da Romênia e Ucrânia, onde um templo e um oráculo dedicado ao herói sobreviveu até o período romano.
No épico perdido Aithiopis, uma espécie de continuação da Ilíada atribuída a Arctino de Mileto, a mãe de Aquiles,Tétis, retorna para prestar-lhe homenagens e remover suas cinzas da pira funerária, e leva-as a Leuca, na foz do Danúbio. Lá, os aqueus ergueram um túmulo para ele, e celebraram jogos fúnebres.
O culto a Aquiles nos tempos modernos.
Na região de Gastouri ( ), a sul da cidade de Corfu, na Grécia, a imperatriz da Áustria,Isabel da Baviera, mais conhecida como Sissi, construiu em 1890 um palácio de verão, com Aquiles como seu tema central, um monumento ao romantismo platónico. O palácio, naturalmente, recebeu um nome em homenagem ao herói,(Achilleion).
A estrutura elegante está repleta de pinturas e estátuas de Aquiles, tanto no salão principal quanto nos jardins luxuosos, que recriam cenas trágicas e heróicas da Guerra de Troia.
Outros mitos sobre Aquiles.
No livro 11 da Odisseia o mesmo Odisseu viaja ao mundo inferior e lá conversa com as sombras, as almas dos mortos. Uma destas é Aquiles, que, quando saudado como sendo "abençoado na vida, abençoado na morte", responde que preferia ser um escravo sob o pior dos senhores do que um rei de todos os mortos. Aquiles então pergunta a Odisseu sobre os feitos de seu filho na Guerra de Troia, e quando aquele lhe descreve os atos heroicos de Neoptólemo, o herói se enche de satisfação.
Aquiles foi venerado como deus marinho em muitas das colônias gregas do mar Negro, onde se localizada a semi-mítica "Ilha Branca" (Leuca) onde ele teria habitado, após sua morte, juntamente com diversos outros heróis.
Os reis do Épiro alegavam descendência de Aquiles através de seu filho, Neoptólemo.
Alexandre, o Grande, filho da princesa Epirota Olímpia, alegava por este mesmo motivo esta descendência - e em diversas maneiras tentou ser como o seu suposto ancestral, tendo até mesmo visitado seu túmulo ao passar por Troia.
Aquiles lutou e matou em combate a amazona Helena. Algumas versões de sua lenda dizem que teria se casado com Medeia, e que após a morte dos dois ambos teriam sido reunidos nos Campos Elísios do Hades – como Hera havia prometido a Tétis, na Argonáutica de Apolônio.
A morte de Aquiles.
Apesar da valentia e dos feitos de Aquiles, a fatalidade não podia deixar de acontecer. A morte do grande herói da Antiguidade é apresentada em várias versões, porém a mais aceita relata que ele morreu ferido no calcanhar por uma flecha certeira, poderosa e assassina, atirada pelo príncipe Páris e guiada por Apolo. Páris, nesse ato, consegue vingar-se da morte de seu irmão Heitor e simultaneamente vinga a morte do filho do deus Apólo, Tenes.
Aquiles, após a morte, recebeu a justa recompensa por toda uma vida de feitos heroicos e de combates. Zeus, a pedido de Tétis, conduziu-o à ilha dos Bem-aventurados, onde ele casou com uma heroína.
Curiosidade:
A expressão “calcanhar de Aquiles” é utilizada até os dias de hoje para representar o ponto fraco e vulnerável de uma pessoa ou de uma instituição.
Retirado do site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquiles
http://www.suapesquisa.com/pesquisa/aquiles.htm
Comentários
Postar um comentário