A palavra tarô na língua
portuguesa (ou em outras línguas: tarot, tarock, tarok, tarocco, tarocchi etc.)
não possui uma tradução específica ninguém sabe ao certo sua real etimologia.
Acredita-se que ele possa vir da palavra árabe turuq, que significa
"quatro caminhos", ou talvez do árabe tarach, que significa
"rejeito". Segundo a etimologia francesa, tarot é um empréstimo do
italiano tarocco, derivado de tara, "perda de valor que sofre uma
mercadoria; dedução, ação de deduzir".
O tarô tradicional possui 78
cartas; quando usado para fins divinatórios, cada qual é denominada de arcano,
palavra que significa "mistérios ou segredos a serem desvendados" e
foi incorporada pelos ocultistas do século XIX.
Não se sabe ao certo a
origem das cartas do baralho tradicional. Tudo indica que as 56 cartas do
baralho comum foram copiadas do jogo difundido entre os guerreiros mamelucos.
Os autores da adição das 22 cartas, hoje denominadas "arcanos
maiores" entre os tarólogos, permanecem desconhecidos.
A maior parte dos estudiosos
considera os 22 trunfos atualmente denominados "arcanos maiores” uma
criação do norte da Itália, como atestam as cartas do Tarot Visconti Sforza.
Alguns estudiosos mostram as
analogias entre o Tarot e o antigo jogo indiano do Chaturanga, ou jogo dos
Quatro Reis, que correspondem aos quatro naipes das cartas.
O Chaturanga, que data do
séc. V ou VI, antecessor do moderno jogo de xadrez, originalmente tinha o Rei,
o General (a Rainha moderna), seu Cavaleiro e os peões ou soldados comuns. Não
há, porém, indicações consistentes de como poderia ter ocorrido um caminho
entre esse jogo e o Tarot.
Já as dúvidas aparecem
quando se trata do conjunto das cartas numeradas atualmente conhecidas por
"arcanos menores" ou "baralho comum", que teriam sido
levadas pelos guerreiros mamelucos à Europa durante a Idade Média. Existem
menções às "cartas sarracenas" em registros do séc. 14.
Há quem acredite que as
cartas de jogar foram levadas para a Europa pelos cruzados. Contudo, a última
Cruzada terminou mais ou menos em 1291 e não existem referências que comprovem
a presença de cartas de jogar na Europa até pelo menos cem anos mais tarde.
Uma justificativa para a
origem sarracena das cartas é o nome espanhol e português naipe, que derivaria
do árabe naibi. Também a palavra hebraica naibes se assemelha a naibi, o antigo
nome italiano dado às cartas e, em ambas as línguas, a palavra indica bruxaria,
leitura da sorte e predição. No entanto, não se encontram na história dos
árabes e judeus referências ao jogo de cartas, anteriores aos século 15.
Há muitos estudos que
apontam as relações entre o Tarot e Cabala. De fato, as 22 lâminas dos
“trunfos”, ou “Arcanos Maiores”, são em igual número ao das letras do alfabeto
hebraico e ao dos 22 “caminhos” ou conexões entre os sefirot do desenho
simbólico denominado “Árvore da Vida”. As 40 cartas numeradas, dos Arcanos
Menores, representam o mesmo número de sefiroth da “Escada de Jacó”, esquema
resultante da superposição de quatro “Árvores da Vida”.
Retirado do site: http://www.clubedotaro.com.br/site/h22_1_origens.asp
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